Mudança de casa para Benfica
Em Março de 2001 o ambiente na casa onde vivíamos com o Cromo tornou-se insustentável…a mãe dele que se havia reformado e costumava aparecer de tempos a tempos, naquela altura passava semanas lá em casa, ficando a dormir na sala, fazendo com que Eu e o Bruno tivéssemos que alterar as nossas rotinas diárias…até chegar ao cúmulo de às 23h já quase nos estar a mandar embora da sala onde estava a televisão do Bruno…
Um dia estava eu e o Bruno a ver televisão, quando ela chega à sala e diz qualquer coisa do tipo “não está na hora de se irem deitar”, nós fingimos que nem ouvimos e ela continuou a falar…quando ela diz que tinha uma amiga que alugava quartos…foi a gota de água que faltava para nós começarmos a procurar casa…
Na manhã seguinte, fomos até ao Vasco da Gama, comprámos o Jornal e enquanto bebíamos café procurávamos casas que nos pudessem interessar…
Nesse mês o Bruno gastou uma fortuna em telefone de tantas chamadas que fez na tentativa de encontrarmos a casa que nos permitisse sair da casa do Cromo!
Já numa fase meio desesperada, fomos até uma Agência Imobiliária meio “manhosa” em que pagámos 24 contos para nos arranjarem uma casa com as características que pretendíamos… dessas casas vimos uma em frente ao cemitério de Benfica, esta tinha uma vista maravilhosa….sobre o cemitério…a outra nunca a conseguimos encontrar, ficava na serra da Luz, estivemos no Bairro Padre Cruz a tentar descobrir onde ficava a serra da Luz…ao final do dia ao chegarmos a casa, vemos nas noticias que tinha havido tiroteio nesse bairro…por sorte não fomos apanhados no meio desse tiroteio!
Então decidimos voltar à forma inicial…comprar o jornal e ir ligando ao mesmo tempo que íamos pesquisando na net…aí encontrámos uma que era perfeita…na Venda Nova, um T2 por 60 contos, o bruno marcou uma entrevista e foi lá num sábado, eu não fui porque ia para Tomar…acabámos por não ficar com essa porque a senhoria decidiu alugar à primeira pessoa que entrevistou… no jornal descobrimos outra em Benfica, o Bruno ligou e marcou uma entrevista.
Quando chegámos ao local, o Bruno repara que era uma entrevista de grupo… e começou a dizer “Eu detesto este tipo de entrevistas, vamos mas é embora…”, Eu disse “vá tem calma, que esta vai ser nossa” e lá acabámos por ficar.
A senhoria chegou, mas não tinha a chave da casa para a poder mostrar, combinando no sábado seguinte a visita à casa…ela por ordem dos telefonemas que recebeu foi chamando as pessoas…nós éramos os terceiros, nesse momento pensámos que seria difícil ficar com a casa…mas a senhoria referiu que em Maio o 5º Esquerdo ia ficar livre, nesse momento dirigimo-nos a ela dizendo se não desse para ficar com o 1º ficaríamos com o 5º, e assim foi!
Quase dois meses depois de começarmos a procurar casa, tínhamos finalmente arranjado uma! Nesse momento dissemos ao Cromo que no final do mês de Abril íamos sair lá de casa.
A casa era uma T2 com um quarto grande, do tamanho da sala…e outro mais pequeno, eu e o Bruno achámos por bem, um ficar com a sala a fazer de quarto e ficando o quarto mais pequeno a fazer de sala, de forma a que nenhum dos dois ficasse prejudicado.
A escolha dos quartos também foi unânime, eu gostei logo desde o primeiro momento do lado da casa que tinha vista sobre Monsanto, virada a Este e o Bruno preferia o outro lado por ter uma grande exposição solar, virada a Oeste.
Agora havia que mobilar a casa e equipá-la… Eu durante as férias da Páscoa andei a recuperar uma cama, ou melhor 2, uma que trouxe para Lisboa e outra de ferro para substituir a que trazia para Lisboa, recuperei também uma mesa e quatro bancos, construí um móvel para colocar a televisão…agora havia um pequeno problema, como levar tudo para Lisboa!
A solução foi fácil o meu Amigo Zé Pedro disponibilizou-se a trazer-me tudo para Lisboa com a carrinha do pai… Eu, ele e o meu irmão trouxemos tudo num sábado e deixamos o quarto arrumado, este tinha um problema que ainda não estava resolvido, o estore estava estragado e ainda não tinha sido substituído… os primeiros tempos usava um cobertor para tapar o sol que logo pela manhã iluminava o quarto…
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